1. Qual é o papel principal do Corpo Consular de Minas Gerais, especialmente na atuação com os cônsules honorários?
Sr. Ramaya Vallias: O Corpo Consular de Minas Gerais tem como objetivo auxiliar os cônsules e cônsules honorários a promoverem e fortalecerem suas relações diplomáticas e comerciais entre os países que representam e o estado de Minas Gerais. Para os cônsules honorários, nosso trabalho envolve construir pontes entre os consulados, as instituições, as empresas locais e internacionais, apoiando iniciativas comerciais, culturais e turísticas. Atuamos para facilitar a cooperação entre instituições, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento de parcerias estratégicas.
2. Como sua atuação como Diretor do Corpo Consular contribui para esse ambiente de oportunidades e quais áreas têm sido o foco de suas atividades recentemente?
Como Diretor Secretário, minha atuação tem sido apoiar todos os consulados e cônsules a fomentarem o desenvolvimento de novos negócios e oportunidades de cooperação entre os interessados.
3. Como sua colaboração com a Embaixada do Marrocos auxilia na ampliação dessas oportunidades?
Em colaboração com a Embaixada do Marrocos, busco criar uma ponte entre os setores privado e público, oferecendo uma plataforma para que empresários dos dois países se conectem e discutam projetos viáveis. Empresários dos setores de logística, serviços e agro, são alguns exemplos; criando fóruns de negócios e intercâmbio que destacam o potencial de crescimento e de cooperação bilateral entre Minas Gerais e Marrocos. Esses setores são estratégicos para Minas Gerais, especialmente considerando a expansão das demandas por produtos agrícolas e infraestrutura logística.A embaixada tem sido essencial ao oferecer o suporte necessário para facilitar o intercâmbio cultural e comercial. Trabalhar com o aval da embaixada assegura que as oportunidades estejam bem direcionadas.
4. De que maneira o senhor vê o impacto das missões comerciais e fóruns de negócios na economia local e no desenvolvimento de Minas Gerais?
A participação em missões comerciais e fóruns de negócios impacta diretamente o desenvolvimento econômico local, trazendo investimentos, gerando empregos e incentivando a troca de conhecimentos. Quando empresários mineiros participam desses fóruns, eles não apenas ampliam seu mercado, mas também têm acesso a novas tecnologias e práticas de negócios que podem aplicar localmente. Da mesma forma, o interesse de empresas estrangeiras em Minas Gerais consolida o estado como um pólo de negócios.
5. Em sua experiência, quais são os maiores desafios para os cônsules honorários ao fomentar essas relações comerciais?
Um dos maiores desafios é compreender e adaptar-se às regulamentações e culturas de negócios de cada país. O papel de cônsul honorário exige sensibilidade cultural e um conhecimento profundo para atuar como mediador, assegurando que as expectativas de ambas as partes sejam atendidas. Além disso, como a estrutura dos consulados honorários é menos formal que a das embaixadas, muitas vezes precisam ser criativos e assertivos para superar a limitação de recursos.
6. Quais são as expectativas para o futuro do Corpo Consular e para a sua atuação no fortalecimento de relações comerciais entre Minas Gerais e Marrocos?
Acredito que o Corpo Consular de Minas Gerais seguirá crescendo em importância como apoiador e projetos de cooperação. Especificamente em relação ao Marrocos, esperamos estreitar ainda mais as relações em setores estratégicos, estabelecendo novos canais para investimentos. Meu objetivo é consolidar a criação do consulado honorário em Belo Horizonte como facilitador para empresários marroquinos e brasileiros, incentivando um fluxo constante de oportunidades e projetos com impacto positivo.
